2005/04/27

Reunião de 4 de Maio às 21:30

O ciclo de temas mensais, que se
inicia dia 4 de Maio não será realizado
como habitualmente às 19h,
mas sim às 21:30, no Centro Cultural
da Covilhã (e não na BC).

2005/04/21

Mensagem do Santo Padre na concelebração eucarística com os Cardeais

Bento XVI pronunciou um extenso discurso no final da Eucaristia que concelebrou juntamente com o colégio cardinalício. Nas suas palavras referiu-se especialmente ao valor da Eucaristia e ao ecumenismo, e convocou os jovens para o Encontro de Colónia.
Tradução e subtítulos da Agência Ecclesia. Texto original em latim]
Caros irmãos Cardeais, Caríssimos Irmãos e Irmãs em Cristo,
Todos vós, homens e mulheres de boa vontade!
1. Graça e paz em abundância para todos vós! (cf. 1Pe 1,2)
No meu espírito convivem nestas horas dois sentimentos contraditórios.
De um lado, um sentido de inadequação e de humana perturbação pela
responsabilidade que ontem me foi confiada, enquanto Sucessor do apóstolo
Pedro nesta Sede de Roma, cara a cara com a Igreja universal.
Por outro lado, sinto em mim uma viva gratidão a Deus que - como nos
faz cantar a liturgia - não abandona o seu rebanho, mas condu-lo através
dos tempos, sob a orientação daqueles que Ele mesmo elegeu como vigários do
seu Filho
e constitui pastores. Caríssimos, este íntimo reconhecimento por um dom
da divina misericórdia prevalece, acima de tudo, no meu coração.
E considero este facto como uma graça especial oferecida pelo meu
venerado predecessor, João Paulo II.
Parece-me sentir a sua mão forte a apertar a minha; parece-me ver os
seus olhos sorridentes e ouvir as suas palavras, dirigidas a mim em particular,
neste momento:
"Não tenhas medo!" A morte do Santo Padre João Paulo II, e os dias
que se seguiram, foram para a Igreja e para o mundo inteiro um tempo
extraordinário de graça. A grande dor pelo seu falecimento e o sentimento
de perda que deixou em todos foram atenuados pela acção de Cristo
ressuscitado, que se manifestou durante tantos dias na onda de fé, amor e
solidariedade espiritual, culminada nas suas exéquias solenes. Podemos dizer que o
funeral de João Paulo II foi uma experiência verdadeiramente extraordinária,
na qual se percebeu, de algum modo, o poder de Deus que, através da sua
Igreja, quer fazer de todos os povos uma grande família pela força unificante
da Verdade e do Amor (cf. Lumen gentium, 1). Na hora da morte, conformado
ao seu Mestre e Senhor, João Paulo II coroou o seu longo e fecundo Pontificado,
confirmando na fé o povo cristão, congregando-o em volta de si e fazendo
sentir mais unida toda a família humana. Como não sentir-nos sustentados por este testemunho? Como não perceber o encorajamento que vem deste
acontecimento da graça?
Colegialidade e missão do Papa
2. Surpreendendo todas as minhas previsões, a divina Providência,
através do voto dos meus venerados Padres Cardeais, chamou-me a
suceder a este grande Papa.
Penso, nesta hora, naquilo que aconteceu na região de Cesareia de
Filipo, há dois mil anos. Parece-me ouvir as palavras de Pedro:
"Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo", e a solene afirmação do Senhor:
"Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja... Dar-te-ei
as chaves do Reino dos céus" (Mt 16, 15-19). Tu és o Cristo! Tu és Pedro!
É como se revivesse a própria cena evangélica; eu, Sucessor de Pedro,
repito com estremecimento as palavras estremecidas do pescador da
Galileia e ouço de novo, com íntima emoção, a promessa reconfortante
do divino Mestre.
Se é enorme o peso da responsabilidade que se coloca sobre os meus
ombros, é certamente desmesurada força divina com a qual posso contar:
"Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja" (Mt 16, 18).
Escolhendo-me como Bispo de Roma, o Senhor quis fazer de mim seu
vigário, "pedra" sobre a qual todos se podem apoiar com segurança.
Peço-lhe que supra a pobreza das minhas forças, para que eu seja
Pastor fiel e corajoso do seu rebanho, sempre dócil às inspirações
do seu Espírito. Preparo-me para empreender este peculiar ministério,
o ministério "petrino" ao serviço da Igreja universal, com humilde
abandono nas mãos da Providência de Deus. Em primeiro lugar,
é a Cristo que renovo a minha total e confiante adesão:
"In Te, Domine, speravi; non confundar in aeternum!".
A vós, Senhores Cardeais, com espírito agradecido pela confiança
demonstrada, peço que me sustentem com a oração e com a constante,
activa e sábia colaboração. Peço também a todos os Irmãos no Episcopado
que estejam a meu lado com a oração e com o conselho, para que possa
ser verdadeiramente o Servus servorum Dei. Como Pedro e os outros
Apóstolos constituíram por desejo do Senhor um único Colégio apostólico,
do mesmo modo o Sucessor de Pedro e os Bispos, sucessores dos
Apóstolos
devem estar estreitamente unidos entre si - algo que o Concílio
frisou com força
(cf. Lumen gentium, 22). Esta comunhão colegial, apesar da diversidade
de papéis e funções do Romano Pontífice e dos Bispos, está ao
serviço da Igreja e da unidade na fé, da qual depende em grande
medida a eficácia da acção evangelizadora no mundo contemporâneo.
Neste caminho, portanto, sobre o qual avançaram os meus venerados
Predecessores, também eu me proponho prosseguir, unicamente
preocupado em proclamar ao mundo inteiro a presença viva de Cristo.
Herança de João Paulo II
3. Tenho diante de mim, de forma particular, o testemunho
do Papa João Paulo II. Ele deixa uma Igreja mais corajosa, mais livre,
mais jovem. Uma Igreja que, segundo o seu ensinamento e exemplo,
olha com serenidade para o passado e não tem medo do futuro. Com o
grande Jubileu ela entrou no novo milénio trazendo nas mãos o Evangelho,
aplicado no mundo actual através da releitura autorizada do II Concílio do Vaticano.
Justamente o Papa João Paulo II indiciou o Concílio como "bússola" pela
qual orientar-se no vasto oceano do terceiro milénio (cf. Novo millennio ineunte, 57-58).
Também no seu testamento espiritual, ele apontava:
"Estou convencido de que ainda por muito tempo será dado
às novas gerações descobrir as riquezas que este Concílio do século XX nos deixou" (17.III.2000). Também eu, ao colocar-me ao serviço que é
próprio do Sucessor de Pedro, quero afirmar com força a vontade
decidida de prosseguir no compromisso da actuação do Concílio do Vaticano,
sobre o trilho dos meus Predecessores e em fiel continuidade com a
bimilenária tradição da Igreja. Terá lugar neste ano o 40º aniversário
da conclusão das sessões Conciliares (8 de Dezembro de 1965). Com o
passar dos anos, os Documentos conciliares não perderam a sua actualidade;
os seus ensinamentos revelam-se particularmente pertinentes em
relação às novas instâncias da Igreja e da presente sociedade globalizada.
Eucaristia e Sacerdócio
4. De maneira muito significativa, o meu Pontificado inicia-se
quando a Igreja está a viver o Ano especial dedicado à Eucaristia.
Como deixar de acolher esta coincidência providencial, como um
elemento que deve caracterizar o ministério ao qual fui chamado?
A Eucaristia, coração da vida cristã e fonte da missão evangelizadora
da Igreja, não pode deixar de constituir o centro permanente e a fonte
do serviço petrino que me foi confiado. A Eucaristia torna constantemente
presente o Cristo ressuscitado, que continua a dar-se a nós, chamando-nos
a participar na mesa do seu Corpo e do seu Sangue. Da plena comunhão
com Ele nascem todos os outros elementos da vida da Igreja, em primeiro
lugar a comunhão entre todos os fiéis, o compromisso de anunciar e de
testemunhar o Evangelho, o ardor da caridade para com todos,
especialmente os mais pobres e pequenos. Neste ano, portanto,
deverá ser celebrada com particular relevo a Solenidade do Corpus Domini.
A Eucaristia estará, portanto, no centro da Jornada Mundial da Juventude,
de Agosto, em Colónia e em Outubro da Assembleia Ordinária do
Sínodo dos Bispos, que decorrerá sobre o tema "A Eucaristia, fonte
e cume da vida e da missão da Igreja". Peço a todos que intensifiquem
nos próximos meses o amor e a devoção a Jesus Eucaristia e que
exprimam de modo corajoso e claro a fé na presença real do Senhor,
sobretudo mediante a solenidade e a correcção das celebrações.
Peço-o de modo especial aos Sacerdotes, nos quais penso neste
momento com grande afecto. O Sacerdócio ministerial nasceu no Cenáculo,
juntamente com a Eucaristia, como tantas vezes sublinhou o meu
venerado Predecessor João Paulo II. "A existência sacerdotal
deve ter a título especial uma «forma eucarística»", escreveu
na sua última Carta para a Quinta-feira Santa (nº 1).
Para este fim contribui, acima de tudo, a devota celebração quotidiana
da santa Missa, centro da vida e da missão de cada Sacerdote.
Ecumenismo e Unidade dos Cristãos
5. Alimentados e sustentados pela Eucaristia, os católicos não podem
deixar de sentir-se estimulados a tender para aquela plena unidade que Cristo
desejou ardentemente no Cénaculo. Deste supremo anelo do
Mestre divino, o Sucessor de Pedro sabe que deve assumir esta tarefa
de um modo muito particular.
A ele foi, de facto, confiada a missão de confirmar os irmãos (cf. Lc 22,32).
Plenamente consciente, portanto, no início do seu ministério na Igreja de
Roma que Pedro regou com o seu sangue, o actual seu Sucessor assume
como compromisso primário o de trabalhar sem poupar energias na
reconstituição da plena e visível unidade de todos os seguidores de Cristo.
Esta é a sua ambição, este é o seu dever arrebatador.
Ele está consciente de que para isto não bastam as manifestações de
bons sentimentos. São precisos gestos concretos que entrem nas almas
e movam as consciências, solicitando a cada um a conversão
interior que é o pressuposto de qualquer progresso no caminho
do ecumenismo. O diálogo teológico é necessário, o aprofundamento
das motivações históricas de escolhas acontecidas no passado é,
contudo, indispensável. Aquilo que nos urge de maior maneira,
no entanto, é aquela "purificação da memória", tantas vezes evocadas
por João Paulo II, a única que poderá dispor os espíritos a acolher a
plena verdade de Cristo. É diante dele, supremo Juiz de cada ser vivo,
que cada um de nós deve colocar-se, na consciência de ter um dia de
dar-lhe contas de tudo aquilo que fizeram ou não em vista do grande
bem da plena e visível unidade de todos os seus discípulos. O actual
Sucessor de Pedro deixa-se interpelar na primeira pessoas por esta
questão e está disposto a fazer tudo o que estiver em seu poder para
promover a causa fundamental do ecumenismo. Sobre os passos dos
seus Predecessores, ele está plenamente determinado a cultivar
qualquer iniciativa que possa aparecer para promover os contactos
e o encontro com representantes das diversas Igrejas e Comunidades
eclesiais. A eles, também, envia nesta ocasião a mais cordial saudação em
Cristo, único Senhor de todos.
A Igreja e as outras religiões à procura da paz
6. Volto com a memória, neste momento, à inesquecível experiência
vivida por todos nós por ocasião da morte e das exéquias de João
Paulo II. Em volta dos seus restos mortais, depositados na terra nua,
recolheram-se Chefes das Nações, pessoas de todos os estratos sociais
e especialmente os jovens, num inesquecível abraço de afecto e admiração.
O mundo inteiro olhou para ele com confiança. Pareceu a muitos que
aquela intensa participação, amplificada até aos confins do planeta
pelos meios de comunicação social, fosse como um coral pedido de
ajuda dirigido ao Papa por parte da humanidade hodierna, perturbada
por incertezas e temores, que se interroga sobre o seu futuro, A Igreja
de hoje deve reavivar em si mesma a consciência da missão de propor
ao mundo, novamente, a voz daquele que disse: "Eu sou a luz do mundo,
quem me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida (Jo 8,12).
Ao assumir o seu ministério, o novo Papa sabe que a sua missão é o de
fazer resplandecer diante dos homens e mulheres de hoje a luz de Cristo:
não a sua própria luz, mas a de Cristo. Com esta consciência, dirijo-me a
todos, mesmo aos que seguem outras religiões ou que simplesmente
procuram uma resposta às perguntas fundamentais da existência e
ainda não a encontraram. A todos me dirijo com simplicidade e afecto,
para assegurar que a Igreja quer continuar a tecer com eles um diálogo
aberto e sincero, à procura do verdadeiro bem do homem e da sociedade.
Invoco de Deus a unidade e paz para a família humana e declaro a
disponibilidade de todos os católicos em cooperar para um autêntico
desenvolvimento social, que respeite a dignidade de cada ser humano.
Não pouparemos esforços e dedicação para prosseguir o promissor diálogo
começado pelos meus venerados Predecessores com as diversas civilizações,
para que da compreensão recíproca nasçam as condições de um futuro
melhor para todos. Penso em particular nos jovens. A eles, interlocutores
privilegiados do Papa João Paulo II, vai o meu abraço afectuoso à espera,
de Deus quiser, de encontrá-los em Colónia por ocasião da próxima
Jornada Mundial da Juventude. Convosco, caros jovens, futuro e esperança
da Igreja e da humanidade, continuarei a dialogar, escutando as vossas
expectativas no intento de ajudar-vos a encontrar, numa profundidade
cada vez maior, o Cristo vivo, o eternamente jovem.
Papa para Cristo
7. Mane nobiscum, Domine! Fica connosco Senhor! Esta invocação
é o tema dominante da Carta Apostólica de João Paulo II para o Ano da
Eucaristia e é a oração que brota espontaneamente do meu coração,
enquanto me preparo para iniciar o ministério a que Cristo me chamou.
Como Pedro, também eu renovo-lhe a promessa incondicional de fidelidade.
Só a Ele pretendo servir, dedicando-me totalmente ao serviço da sua Igreja.
Para sustentar esta promessa, invoco a materna intercessão de Maria Santíssima, em cujas mãos ponho o presente e o futuro da minha pessoa e da Igreja. Intervenham com a sua intercessão também os Santos Apóstolos Pedro e Paulo, e todos os Santos. Com estes sentimentos, ofereço-vos, venerados Irmãos Cardeais,
àqueles que participam neste rito e a quantos nos acompanham
pela televisão e a rádio uma especial, afectuosa bênção.

2005/04/09

Um tema novo na primeira 4ª de cada mês

Na primeira 4ª feira de cada mês, nas reuniões da PastUBI,
será apresentado um determinado tema no sentido de,
num convivio informal, aprendermos juntos
partilhando as nossas vivências, reflexões,
certezas e inquietações.


No dia 4 de Maio um dos membros da PastUBI
irá partilhar a sua experiência
no grupo das Equipas de Jovens de Nossa Senhora.

2005/04/06

Site oficial das XX JMJ

Site oficial das XX Jornadas Mundiais da Juventude
http://www.wjt2005.de

Como a informação está um pouco dispersa
recomendamos o link das FAQ.

2005/04/05

Missa de sufrágio pela alma de João Paulo II


Dia 7 de Abril (5ª feira) realizar-se-á, pelas 18:00
na Capela Românica de S. Martinho, uma Eucaristia
de sufrágio pela alma do Sumo Pontífice João Paulo II. Posted by Hello