2006/03/31

Catequese quaresmal de D. Manuel Felício

Noticia no Urbi et Orbi:

D. Manuel Felício, bispo da Guarda deslocou-se à UBI para falar com a comunidade estudantil. Uma iniciativa da Pastubi intitulada “Catequese Quaresmal” serviu para elucidar o auditório presente para aspectos relevantes do período religioso que se vive.


Decorreu na passada quinta-feira, 23 de Março pelas 21h00, no pólo 6 da UBI, uma “Catequese Quaresmal”, presidida por D. Manuel Felício, bispo da Guarda. Inicialmente decorreu com uma pequena recepção e com a exposição de alguns artigos de motivos religioso para venda, nomeadamente: livros, notas pastorais, porta-chaves, separadores entre outros. Posteriormente, iniciou-se a “Catequese Quaresmal” numa mesa redonda composta pelo capelão da UBI padre Luciano Costa, Manuel Santos Silva, reitor da UBI, José Eduardo Cavaco, docente da Faculdade de Medicina e o bispo da Guarda D. Manuel Felício.O bispo apoia, dinamiza e promove a educação dos jovens universitários utilizando o período quaresmal para obter uma maior reflexão por parte destes. Segundo D. Manuel Felício “a Universidade tem uma palavra a dizer a toda a sociedade” daí a sua importância. Tomando como tema a “Palavra de Deus é a Salvação” debateu a importância da comunicação na sociedade, e a necessidade que o ser humano tem em procurar a salvação, para consequentemente, encontrar a sua realização (sendo um projecto de um homem ou de uma mulher). “Quem acredita na vida do Homem, acredita na vida eterna” e para abordar este ponto é necessário dividir o tema em três pontos chaves: Salvação, Palavra e a ligação entre Palavra e Salvação. A actividade humana não é um meio de produção material, “mas sim um meio de produção de riqueza espiritual, pois não se pode equiparar uma pessoa a uma máquina”, refere o bispo. A Quaresma “não é um tempo inocente”, acrescentou ainda o capelão da UBI. Hoje em dia “somos contemplados pelos tempos livres e diversão que se tornaram factores de diferenciação à responsabilidade no espaço de cultivação da nossa pessoa, que facilmente se deixa manipular, e este período quaresmal que todos vivemos converte-nos a Deus”, acrescentou o padre Luciano Costa. Foram ainda mencionadas as três realidades pedagógicas que levam á convergência da cultura de diversão para a conversão que são: o jejum e abstinência, oração mais intensa e esmola, “que permite alcançar a reconciliação e o crescimento enquanto seres humanos”. No fim desta dissertação o Bispo dispôs-se para esclarecer qualquer dúvida proveniente do auditório.O reitor da UBI interveio no final, mostrando-se satisfeito por todo o trabalho desenvolvido pela Pastubi, apoiando a iniciativa e agradecendo a presença de todos os intervenientes.D. Manuel Felício, nasceu a 6 de Novembro de 1947, frequentou o seminário e licenciou-se em Teologia, deu aulas, foi vigário do clero, nomeado bispo auxiliar de Lisboa em 2002 e neste momento encontra-se no seu primeiro ano como bispo da Guarda e lecciona na Universidade Católica de Viseu.


Janine de Miguel

2006/03/22

Via Sacra-notícia no Urbi

No Urbi et orbi (http://www.urbi.ubi.pt/) pode ler-se:

Instituição e comunidade em conjunto

À semelhança de anos anteriores, a Pastoral Universitária da UBI mobilizou os católicos estudantes da instituição. Para além destes, foram muitos os habitantes que percorreram a cidade, na noite do passado dia 16.

Da capela de S. Martinho até à igreja de S. Tiago, cerca de duzentas pessoas associaram-se à Via-sacra organizada pela PastUBI. A iniciativa decorreu na noite do passado dia 16 de Março, contando com a participação de diversos grupos de jovens e movimentos da cidade, bem como da comunidade civil. No final, a mensagem lançada era de esperança: “por detrás da cruz, está sempre a luz.”Esta é uma das actividades que, todos os anos, a Pastoral Universitária da Universidade da Beira Interior proporciona durante a Quaresma. Com o apoio da Polícia de Segurança Pública, que condicionou o trânsito na Avenida Marquês d'Ávila e Bolama, o cortejo saiu das imediações da UBI em direcção ao centro da cidade. As últimas treze estações foram já meditadas no interior da Igreja à responsabilidade da comunidade jesuíta, aproveitando as condições logísticas do espaço. Tal como aconteceu nos anos anteriores, grupos de jovens, escuteiros, jesuítas, Coro da UBI e a própria organização animaram de forma autónoma cada pedaço da oração.As intenções passavam por recordar “a inserção muito concreta na «cidade das vidas», onde cada vida experimenta o bom e o desagradável do quotidiano”, como explica Henrique Rios. Para o membro da comunidade jesuíta, “Cristo aparece sofredor no irmão injustiçado, e aparece com glória e aclamado na sua vitória sobre a morte e o espírito do mal, que brota em milhares de situações pessoais, grupais ou multitudinárias.” A iniciativa foi assim uma adaptação da paixão de Jesus à vida de cada um. Para os movimentos envolvidos foi uma boa oportunidade para manifestar a força e capacidade de evangelização que se lhes reconhece. Satisfeitos com o convite, salientam a Fé como ligação entre os diversos agentes de pastoral na cidade.Nos participantes, os sentimentos eram diversos. Todos saíam satisfeitos da Igreja de S. Tiago, à imagem do que havia sido transmitido pela última estação. Apesar de reconhecer a importância destas iniciativas e de não esquecer o verdadeiro valor da Via-sacra.

Igor de Sousa Costa

2006/03/17

A PastUBI nas IX Jornadas de Universitários Católicos

Oito membros da PastUBI participaram de 17 a 19 de Março, em Leiria, nas IX Jornadas de
Universitários Católicos subordinadas ao tema: «Redescobrir a cidadania – contributos para
a mudança».

Fica prometido um testemunho dessa experiência para este blog.

Para já aqui vai o texto final.



Redescobrir a Cidadania – contributos para a mudança
Texto Final das IX Jornadas de Universitários Católicos


Juntámo-nos nas IX Jornadas de Universitários Católicos sob o tema Redescobrir a Cidadania – contributos para a mudança. Este texto sintetiza algumas das ideias chave destes dias, sem pretender ser um relato das várias conferências e painéis.Quando falamos de cidadania, referimo-nos à participação de todos na sociedade, à preocupação que temos uns para com os outros. Falar de cidadania é perguntar como queremos viver em conjunto. É procurar um sentido para a nossa vida colectiva, assumir o desafio exigente de vivermos a nossa liberdade em comunidade.São muitas as mudanças a acontecer nos nossos dias, trazendo novas problemáticas, novos desafios que exigem respostas novas. A vastidão e complexidade dos problemas não permitem respostas fáceis nem análises simplistas. Podem até parecer-nos esmagadoras e fazer-nos baixar os braços. Uma coisa, porém, é para nós evidente: só em conjunto conseguiremos dar resposta aos problemas que nos afectam a todos.Não cabe neste texto uma análise exaustiva às mudanças sociais em curso. Deixamos apenas algumas ideias das leituras e desafios que nos foram surgindo ao longo desta jornada de reflexão.Num mundo complexo e em mudança o primeiro desafio com que nos deparamos é educar o nosso olhar. Cultivar a leitura crítica da realidade, aprender a analisar as causas que lhe estão subjacentes, procurar ler os acontecimentos, é o primeiro passo para a participação. Essa leitura é sempre uma leitura situada, esse olhar é sempre um olhar de uma determinada perspectiva. Por isso dizemos que é importante educar o nosso olhar, procurar ir mais fundo nas análises que fazemos.Para os cristãos, os critérios essenciais desse olhar têm como fonte primeira o mandamento do amor a Deus e ao próximo. Ao longo dos anos, a reflexão da comunidade crente foi sendo articulada num conjunto de documentos de pensamento social, a chamada Doutrina Social da Igreja. Um dos princípios aí enunciados – a noção de bem comum – surge-nos, hoje, como fundamental. Viver a cidadania é trazer a preocupação com o bem de todos para o centro das nossas atenções. Igualmente a dignidade humana, a justiça e a paz, o destino universal dos bens, a opção pelos pobres, a solidariedade e a subsidiariedade são princípios orientadores que importa redescobrir, sobretudo na comunidade crente. Dizemos redescobrir, porque talvez esses princípios não estejam suficientemente entendidos e assumidos na radicalidade que transportam.Estes critérios são partilhados por muita gente, com a qual a Igreja e as Religiões, há muito, vão fazendo pontes. Em sociedades cada vez mais plurais e multiculturais, a vivência da cidadania implica diálogo com outros, com culturas diferentes ou simplesmente com perspectivas e mundividências diferentes. O diálogo é uma expressão de encontro com o outro. Importa construir a cidadania nas nossas comunidades, atendendo ao mosaico cultural em que, cada vez mais vivemos, procurando ir ao encontro das pessoas concretas, sem utilizar rótulos fáceis e enganadores.A cidadania exprime igualmente a vontade de que todos tenham lugar na nossa sociedade. A sua prática assenta em capacidades e competências que pressupõem integração social. Não se trata apenas de um direito, mas de um direito que exige condições e possibilidades reais de participar. Na nossa sociedade há demasiadas pessoas para quem falar de cidadania não faz sequer sentido, porque as condições anteriores que possibilitariam o seu exercício não estão satisfeitas. À escala mundial, este problema de exclusão da cidadania é ainda mais gritante. Na expressão de João Paulo II, se pensarmos numa “cidadania mundial”, todos temos responsabilidades para com as situações de miséria, opressão e pobreza que afectam mesmo os nossos irmãos mais distantes.Assim, a cidadania exprime o nosso compromisso uns para com os outros. Importa afirmar a necessidade de uma ética do compromisso – compromisso uns para com os outros, compromisso nos espaços onde estamos envolvidos, nas estruturas sociais onde participamos.Enquanto estudantes do Ensino Superior, alguns desafios mais directamente ligados com o nosso estudo e com o meio estudantil não podem deixar de ser referidos:· O percurso de formação superior deve ser uma oportunidade de crescimento em várias dimensões. Por isso, é importante que cada um saiba definir a sua agenda, as suas prioridades, aquilo que quer valorizar no seu percurso. A principal ferramenta do estudante é precisamente o seu estudo, que pode ser orientado de forma solidária.· Percebendo as novas possibilidades da nossa participação nos programas de mobilidade e intercâmbio a nível nacional e internacional, desejaríamos que mais estudantes pudessem ter a oportunidade de participar nessas experiências.· Queremos continuar acompanhar a forma como o Processo de Bolonha está a ser implementado no nosso país, procurando que no Ensino Superior o aluno possa estar cada vez mais no centro da aprendizagem. É essa a alteração central e a oportunidade deste processo: alterar um paradigma centrado no que o professor expõe para outro onde o aluno constrói a sua aprendizagem.· A formação ao longo da vida é uma realidade cada vez mais presente. Num mercado de trabalho cada vez mais dinâmico e numa sociedade de mudança e de risco, precisamos de disponibilidade para aprender e inovar continuamente. Igualmente importa afirmar a necessidade de existência de mecanismos de segurança que permitam às pessoas reinserirem-se no mercado de trabalho, que garantam a coesão e inclusão.· A nossa participação activa enquanto membros da comunidade estudantil passa pelo nosso contributo em associações e outros organismos. Esse trabalho associativo traz-nos uma responsabilidade acrescida em fazer desses espaços lugares de aprendizagem e cooperação entre os diversos actores no Ensino Superior.Também na nossa Igreja devemos falar de cidadania. Essa vivência da cidadania na Igreja parte do pressuposto da autonomia. A vivência da Fé, esclarecida e responsável só é possível através de uma postura comprometida. Fazemos todos parte desta Igreja que a nossa fé em Jesus Cristo nos chama a construir e sentimos a necessidade de reforçar o papel e a intervenção que nela temos contribuindo para os seguintes desafios:· Num tempo como o nosso, de incerteza quanto ao futuro, mais urgente se torna o anúncio de uma mensagem de esperança que ajude as pessoas a empenharem-se na construção da nossa sociedade. Precisamos saber ler e anunciar os sinais positivos do nosso tempo, desconstruindo falsos fatalismos.· A actividade caritativa da Igreja é uma dimensão fundamental do testemunho cristão, destacada pelo Papa Bento XVI na sua primeira Carta Encíclica. Além da sua função de auxílio e encontro com os mais necessitados, outra vertente da vivência da caridade é o combate às causas estruturais de exclusão. Neste sentido, construir uma sociedade mais inclusiva e solidária implica também o envolvimento político, porventura pouco valorizado entre nós.· A comunidade crente deve ser um espaço de diálogo aberto e sincero. Um espaço onde a discordância não deve ser temida. A “hierarquia de verdades” introduzida pelo Concílio Vaticano II ensina-nos que muitos dos temas julgados indiscutíveis o não são verdadeiramente. Mais ainda: alguns princípios da doutrina da Igreja, se não olhados numa escala de importância relativa, pervertem a própria doutrina.· Numa comunidade que pretende “fazer novas todas as coisas”, sentimos a urgência da criatividade, de encontrar formas novas e mais consentâneas de anunciar o Evangelho. Formas que assumam a nossa responsabilidade para com a sociedade e que consigam expressar a beleza da mensagem evangélica.Para todas estas questões, urge descobrir novos espaços de cidadania que possam responder aos problemas dos nossos dias. Isso passa pela leitura da realidade e pela reflexão crítica mas também pela acção, pelo desenvolvimento de experiências concretas. A redescoberta da cidadania não se fará apenas de teorias e análises, mas sobretudo de acções e experiências novas, que possam dar corpo às ambições e necessidades das pessoas de hoje, sobretudo dos que ainda não têm condições para participar. Redescobrir a cidadania nos dias de hoje é, primeiramente, dedicar espaço e tempo a estas questões. É preocuparmo-nos com aprender a viver uns com os outros, preocuparmo-nos em cuidar a nossa presença no mundo.

Leiria, 19 de Março de 2006

Mudança do dia das reuniões PastUBI

Por motivos de calendário académico, as reuniões da PastUBI são, a partir de agora,
todas as terças feiras.

O local e hora mantêm-se: Biblioteca Central (2º piso;gabinete do Capelão da UBI-Pe Luciano Costa) às 19h.

2006/03/01

Quaresma Universitária 2006

Dia 1 de Março – Missa das Cinzas – 18:00h – Capela Românica de S. Martinho - UBI

Dia 8 de Março – Fernando Alves (aluno de Ciências da Com.) – 18:00h – Capela Românica de S. Martinho

Dia 15 de Março – Prof. José Rosa (Dep. Artes e Letras) – 18:00h – Cap. Rom. S. Martinho

Dia 16 de Março – Via Sacra Universitária – 20:30h – Início: Cap. Rom. S. Martinho

Dia 22 de Março – Dr. Vítor Santos (Dep. Ciências Médicas) – 18:00h – Cap. Rom. S. Martinho

Dia 23 de Março – D. Manuel Felício (Bispo da Guarda) - 21:00h – Anf. 6.1 – Pólo I, 6ª fase - UBI

Dia 29 de Março – Equipas de N.ª Sr.ª – 18:00h – Cap. Rom. S. Martinho

Dia 30 de Março – Celebração Penitencial – 21:30h – Capela dos Serviços Sociais