2005/05/04

Este fim-de-semana contribua com alimentos para o Banco Alimentar Contra a Fome

Texto retirado do site do Banco Alimentar
(http://www.bancoalimentar.pt):

Os Bancos Alimentares Contra a Fome voltam no próximo
fim-de-semana (7 e 8 de Maio) a recolher alimentos em
527 estabelecimentos comerciais localizados nas zonas de
Lisboa, Porto, Coimbra, Évora, Aveiro, Abrantes, S. Miguel,
Setúbal, Cova da Beira e Leiria-Fátima.

A campanha do próximo fim-de-semana constitui uma nova
oportunidade de expressão da solidariedade generosa com que
os portugueses acolhem desde há 13 anos estas operações de recolha
de alimentos.

As carências alimentares com que se debatem muitos portugueses
é um fenómeno típico das grandes aglomerações urbanas e tem
tendência a agravar-se em períodos de abrandamento da
actividade económica, como são os que se vivem actualmente.
Estas carências podem ser eficazmente minoradas com o contributo
individual - por pequeno que seja - de cada um de nós. Só é preciso
combater a indiferença, pois todos juntos podemos representar muito.

Mais de 10 mil voluntários em campo

A campanha do próximo fim-de-semana mobilizará
aproximadamente 10.500 voluntários, que recolherão as
contribuições efectuadas nos estabelecimentos comerciais.

Os bens alimentares recolhidos na campanha do próximo
fim-de-semana serão posteriormente encaminhados para os
armazéns dos dez Bancos Alimentares Contra a Fome, onde
se processará o respectivo armazenamento. O produto da campanha,
ainda com recurso ao voluntariado, será distribuído localmente a partir
da próxima semana a pessoas com carências alimentares comprovadas
através de Instituições de Solidariedade Social previamente seleccionadas.

Para aderir a esta campanha basta aceitar um saco de plástico entregue
pelos voluntários dos Bancos Alimentares Contra a Fome devidamente
identificados (localizados à entrada de cada um dos estabelecimentos
comerciais) e colocar no seu interior bens alimentares de preferência
não perecíveis, tais como leite, conservas, azeite, açúcar, farinha,
bolachas, massas, óleo, etc..

Sociedade civil em vez do Estado

A combinação da solidariedade generosa dos portugueses e da eficácia
comprovada da acção dos Bancos Alimentares Contra a Fome na tentativa
de minorar esta penosa realidade constitui a prova evidente de que a
sociedade civil se pode - e deve - substituir com vantagem ao Estado
na resolução de alguns dos problemas com que se confrontam as sociedades
modernas.
O Banco Alimentar é um bom exemplo de que o todo é maior que a soma
das partes: o trabalho coordenado de todas as partes envolvidas - empresas
da indústria agro-alimentar que doam produtos, doadores financeiros,
voluntários que oferecem o seu trabalho e instituições de solidariedade
social que recebem e entregam os produtos aos carenciados - tem
resultados muito superiores aos que seriam obtidos com a acção isolada
de cada um destes agentes, pois gera um efeito multiplicador ao conjugar
um elevado número de boas-vontades.

Mais de 200 mil pessoas receberam ajuda em 2004

De acordo com os dados da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares
contra a Fome, ao longo de 2004 foram ajudadas 1107 instituições, que
concederam apoio alimentar a mais de 200 mil pessoas comprovadamente carenciadas.

No ano passado, os dez Bancos Alimentares Contra a Fome distribuíram
um total de 13.758 toneladas de alimentos (equivalentes a um valor global
estimado superior a 21 milhões de euros), ou seja, um movimento diário
médio de 55 toneladas (84.747 euros por dia).

Estes valores resultam da solidariedade e generosidade dos particulares,
patenteadas nas duas campanhas anuais de recolha de alimentos, e de
uma acção continuada de aproveitamento dos excedentes produzidos
pela cadeia de produção e comercialização de produtos agro-alimentares,
que de outro modo teriam sido objecto de destruição.

De acordo com um estudo da União Europeia, uma significativa percentagem
da população portuguesa vive ainda abaixo do limiar da pobreza.
Nos grandes centros urbanos essa realidade traduz-se, entre outros aspectos,
por uma situação de carência alimentar que está ao alcance da sociedade
portuguesa contribuir para colmatar, conforme tem comprovado
a acção dos Bancos Alimentares Contra a Fome.

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