2007/09/12

Canção JMJ Sydney 2008



Download da canção aqui

Letra:

Receive the Power

Verse 1
Every nation, every tribe,
come together to worship You.
In Your presence we delight,
we will follow to the ends of the earth.

Chorus
Alleluia! Alleluia!
Receive the Power, from the Holy Spirit!
Alleluia! Alleluia!
Receive the Power to be a light unto the world!

Verse 2
As Your Spirit calls to rise
we will answer and do Your Will.
We’ll forever testify
of Your mercy and unfailing love.

Chorus
Alleluia! Alleluia!
Receive the Power, from the Holy Spirit!
Alleluia! Alleluia!
Receive the Power to be a light unto the world!

Bridge
Lamb of God, we worship You,
Holy One, we worship You,
Bread of Life, we worship You,
Emmanuel, we worship You.
Lamb of God, we worship You,
Holy One, we worship You,
Bread of Life, we worship You,
Emmanuel, we will sing forever.

Chorus
Alleluia! Alleluia!
Receive the Power, from the Holy Spirit!
Alleluia! Alleluia!
Receive the Power to be a light unto the world!

2007/09/11

“Sede jovens de personalidade forte”

“Sede jovens de personalidade forte”, “não tenhais medo de sonhar!”, “o Papa está próximo das famílias separadas por um divórcio”, “haverá sonhos irrealizáveis se quem os suscita é Deus?”, “segui a via da humildade!”, “ide contra a corrente”. E os jovens aplaudiram o Papa.

2007/09/03

Bento XVI
500.000 jovens de Itália reuniram-se este fim de semana em Loreto para preparar, com Bento XVI, a Jornada Mundial da Juventude que terá lugar na Austrália no ano que vem.

O santuário de Loreto conserva a casa em que o Anjo Gabriel apareceu à Virgem Maria. Por isso, o Papa falou aos jovens de valentia, de entrega e de humildade. Disponibilizamos uma selecção das palavras do Papa:


“Quem nos reuniu [em Loreto] foi o Espírito Santo. Sim, assim é! Quem vos guiou foi o Espírito; viestes até aqui com as vossas dúvidas e certezas, com as vossas alegrias e as vossas preocupações. Agora toca-vos a vós abrir o coração e oferecer tudo a Deus. Dizei-Lhe: “Estou aqui; certamente, não sou ainda como Tu queres que seja, não consigo sequer entender-me a mim mesmo em profundidade, mas com a tua ajuda estou pronto a seguir-Te. Senhor Jesus, esta tarde queria falar-Te, fazendo minha a atitude interior e o abandono confiado daquela jovem mulher, que há mais de dois mil anos deu o seu “sim” ao Pai, que a elegia para ser tua Mãe. O Pai elegeu-a porque era dócil e obediente à Sua vontade". Como ela, como a jovem Maria, cada um de vós, queridos jovens amigos, diga com fé em Deus: Aqui estou, faça-se em mim a Vossa palavra” (...)”.

”Lamentavelmente, hoje, com frequência, uma existência plena e feliz é vista por muitos jovens como um sonho difícil e por vezes, irrealizável. Tantos jovens da vossa idade olham o futuro com apreensão e colocam-se não poucas interrogações. Perguntam-se preocupados: Como inserir-se numa sociedade marcada por numerosas e graves injustiças e sofrimentos? Como reagir ao egoísmo e à violência que às vezes parecem prevalecer? Como dar um sentido pleno à vida? Com amor e convicção, vos repito a vós, jovens aqui presentes, e por vosso intermédio, aos jovens da vossa idade no mundo inteiro: Não tenhais medo, Cristo pode colmar as aspirações mais íntimas do vosso coração. Haverá, porventura, sonhos irrealizáveis quando quem os suscita e os cultiva no coração é o Espírito de Deus? Haverá algo que possa bloquear o nosso entusiasmo se estamos unidos a Cristo? Nada nem ninguém, diria o apóstolo Paulo, poderá separar-nos do amor de Deus, em Cristo Jesus, nosso Senhor. (Cf Rm 8, 35-39)”.

"Não deveis ter medo de sonhar com grandes projectos de fazer o bem, com os olhos abertos e não vos deveis deixar desanimar pelas dificuldades".
”Deixai que vos repita: cada um de vós se permanecer unido a Cristo, poderá fazer grandes coisas. Por isso, queridos amigos, não deveis ter medo de sonhar com os olhos abertos com grandes projectos de fazer o bem e não vos deveis deixar desanimar pelas dificuldades. Cristo tem confiança em vós e deseja que possais realizar cada um dos vossos mais nobres e elevados sonhos de autêntica felicidade. Nada é impossível para quem confia em Deus e se confia a Ele. Reparai na jovem Maria. O Anjo anunciou-Lhe algo verdadeiramente inconcebível, participar do modo mais comprometedor possível no mais grandioso dos planos de Deus, a salvação da humanidade. Diante de uma tal proposta Maria ficou perturbada, reparando em toda a pequenez do seu ser frente à omnipotência de Deus e perguntou-se, como é possível, porquê a mim? Disposta, no entanto, a cumprir a vontade divina pronunciou prontamente o Seu “sim”, que mudou a Sua vida e a história da humanidade inteira. É graças ao Seu “sim” que nós nos encontramos aqui esta tarde.

”Pergunto-me e pergunto-vos a vós, os pedidos que Deus nos dirige, por muito difíceis que nos possam parecer, poderão igualar aquilo que foi pedido por Deus à jovem Maria? Queridos rapazes e raparigas, aprendamos de Maria a dizer o nosso “sim”, porque ela sabe verdadeiramente o que significa responder generosamente aos pedidos do Senhor. Maria, queridos jovens, conhece as vossas aspirações mais nobres e profundas. Conhece bem, sobretudo, o vosso grande desejo de amor, a vossa necessidade de amar e de ser amados. Olhando-A, seguindo-A docilmente descobrireis a beleza do amor, mas não de um amor “de usar e deitar fora”, passageiro, enganoso, prisioneiro de uma mentalidade egoísta e materialista, mas do amor verdadeiro e profundo. No mais íntimo do coração de cada rapaz e de cada rapariga, que assoma à vida, cultiva o sonho de um amor que dê um sentido pleno ao próprio futuro. Para muitos isto cumpre-se na escolha do matrimónio e na formação de uma família onde o amor entre um homem e uma mulher seja vivido como um dom recíproco e fiel, como um dom definitivo, selado pelo “sim” pronunciado diante de Deus no dia do matrimónio, um “sim” para toda a existência. Sei bem que este sonho é hoje cada vez menos fácil de realizar. À nossa volta, quantos fracassos do amor. Quantas famílias destruídas. Quantos rapazes, também entre vós, que assistiram à separação e divórcio dos seus pais. Aos que se encontram numa tão delicada e complexa situação queria dizer esta tarde, a mãe de Deus, a comunidade de crentes, o Papa, estão ao vosso lado e oram para que a crise que marca as famílias do nosso tempo não se converta num fracasso irreversível. Possam as famílias cristãs, com o apoio da Graça divina, manter-se fiéis àquele solene compromisso de amor assumido com alegria diante do sacerdote e da comunidade cristã, no dia solene do matrimónio”.

Durante a noite, alguns tiveram tempo, inclusivamente, para dormir. (Foto Paola Fumagalli).
”Diante de tantos fracassos é frequente esta pergunta: sou eu melhor que os meus amigos e familiares que tentaram e fracassaram? Porquê eu, precisamente eu, deveria conseguir em algo onde tantos se rendem? Este temor humano pode bloquear também os espíritos mais valentes, mas nesta noite que nos espera, aos pés da Sua Casa Santa, Maria repetirá a cada um de vós, queridos jovens amigos, as palavras que Ela própria escutou quando o Anjo se lhe dirigiu; não temas; não tenhas medo. O Espírito Santo está convosco e não vos abandona nunca. Para quem confia em Deus nada é impossível. Isto é válido para quem está destinado à vida matrimonial e mais ainda, para aqueles a quem Deus propõe uma vida de total desprendimento dos bens da terra para estar a tempo inteiro dedicado ao seu Reino (...) Queridos jovens, se o Senhor vos chama a viver mais intimamente ao seu serviço, respondam generosamente. Tenham a certeza, a vida dedicada a Deus nunca é gasta em vão”.

“Deus “olhou para a humildade da sua escrava”. A humildade de Maria, explicou o Papa, é o que Deus d’Ela mais aprecia. Não sigais a via do orgulho, mas a da humildade. Ide contra a corrente, não escuteis as vozes interessadas e sugestivas que hoje de muitas origens propagam modelos de vida impregnados de arrogância e de violência, de prepotência e de êxito a qualquer preço, o aparentar e o ter, em detrimento do ser. Não tenhais medo, queridos jovens, de preferir os caminhos “alternativos” indicados pelo autêntico amor, um estilo de vida sóbrio e solidário; relações afectivas sinceras e puras; um compromisso honesto no estudo e no trabalho; o interesse profundo pelo bem comum”.

“Olha-se para o humilde como alguém que renunciou, como um fracassado, como alguém que nada tem para dizer ao mundo. No entanto, esta é a chave mestra, não somente porque a humildade é uma grande virtude humana, mas porque, em primeiro lugar, representa o modo de actuar do próprio Deus. É o caminho escolhido por Cristo, o Mediador da Nova Aliança, o qual aparecendo no seu porte como homem, humilhou-Se a Si mesmo, obediente até à morte na Cruz”

Um participante na explanada de Loreto. Foto: Emmanuele Magnanimi.
“Penso em tantos rapazes e raparigas que estão no catálogo dos santos anónimos, mas não são anónimos para Deus. Para Ele cada pessoa é única, com o seu nome e o seu rosto. Todos, e vós bem o sabeis, estamos chamados a ser santos!”

“Queridos rapazes e raparigas – disse o Papa – em nome de Jesus, quero-vos repetir com força esta noite, Ide, vivei, amai! – exclamou – Aos olhos de Deus, cada um de vós é importante. Sois importantes para as vossas famílias, para os vossos amigos, para os vossos educadores, para todos aqueles de quem gostais, para o vosso país, para o mundo inteiro, para a Igreja, para Jesus Cristo. Porque não há vida que não seja importante; senti-vos realmente importantes, protagonistas, porque estais no centro do amor de Deus”.

“Se olhardes para a frente descobrireis, com felicidade, que o futuro está encerrado na vossa capacidade de responder ao convite de Cristo a amar sem reservas”

“Em Cristo encontrareis a resposta às perguntas mais íntimas do vosso coração, porque Ele, só Ele, é capaz de vos fazer realmente livres e capazes de amar. Não tendes que temer nada, porque, inclusivamente, quando parece que Ele está mudo face às vossas perguntas, está muito perto de vós, mais, leva-vos pela mão”.

Agora, Loreto. Daqui a um ano, Sidney... se Deus quiser!".
“Propor Cristo [aos outros] não significa impô-Lo. Ali, onde há violência e coacção, não está Cristo. Sede jovens de personalidade forte; isto é o que espera de vós o Papa; isto é o que esperam de vós os vossos Bispos, as vossas famílias e a sociedade actual”.

“(...) A partir de agora, caros jovens, quereria encontrar-me convosco em Sidney, onde dentro de um ano terá lugar a próxima Jornada Mundial da Juventude. Eu sei, a Austrália fica longe e para os jovens italianos é literalmente no outro lado do mundo. Oremos para que o Senhor, que cumpre cada prodígio, conceda a muitos de vós a possibilidade de ali estarem. Que mo conceda a mim e vo-lo conceda a vós. Este é um dos muitos sonhos que temos e que esta noite confiamos a Maria, rezando juntos”.

2007/09/08

WYD2008 Sydney

Site oficial da Jornada Mundial da Juventude - Sydney (15 a 20 Julho 2008)
http://www.wyd2008.org

2007/08/05

"Bênção das Pastas"




Notícia retirada do Urbi de 2007-05-08 (link aqui)

Finalistas assinalam “Bênção das Pastas”

Mais uma vez um mar de gente encheu por completo o Santuário de Nossa Senhora da Conceição, na Covilhã, para presenciar a cerimónia da “Bênção das Pastas”. Este ano, cerca de 800 alunos da UBI assinalaram o final das suas licenciaturas.

> Eduardo Alves

Foi na manhã do passado sábado, 5 de Maio, que várias centenas de alunos da UBI participaram na cerimónia da “Bênção das Pastas”. O Santuário de Nossa Senhora da Conceição foi o palco escolhido para este evento que contou também com a presença de largos milhares de pessoas – familiares e amigos dos estudantes – que se deslocaram à “cidade neve”.
Este ano, a cerimónia ficou marcada pela presença de vários cursos novos. No leque de cores das fitas destinadas às várias licenciaturas, surgem novos tons que simbolizam Medicina, o Cinema, o Design Industrial e o Design de Moda.
A cerimónia da “Bênção das Pastas” foi presidida pelo bispo da Guarda, D. Manuel Felício. Na sua intervenção, este representante da Igreja Católica lembrou aos licenciados “o importante papel que têm de desempenhar na construção de uma sociedade mais justa, culta e unida”.
A iniciativa que conta com a organização da Capelania da UBI e com o apoio da Associação Académica da Universidade da Beira Interior (AAUBI) e dos vários núcleos de estudantes juntou, este ano, um verdadeiro mar de gente na Covilhã. O número elevado de estudantes, a que acresceu os alunos das novas licenciaturas foram motivos para o número assinalável de familiares e amigos nesta cerimónia.
Durante a tarde, decorreu também a entrega de diplomas e cartas de curso aos alunos que terminaram as suas licenciaturas no ano passado ou defenderam as suas teses de mestrado. Também esta iniciativa ficou marcada pelo elevado número de pessoas, ao ponto de ser transferida para a Auditório Maior da Faculdade de Ciências da Saúde (FCS).
Manuel José Santos Silva, reitor da UBI, entregou cerca de 580 diplomas de licenciatura e 99 cartas magistrais, referentes a teses de mestrado prestadas na UBI durante o ano passado.
Na sua intervenção, o responsável máximo pela instituição de ensino superior, destacou os elevados números de licenciados pela UBI, como “prova da importância e da capacidade de formação que esta universidade tem”. Santos Silva lembrou aos antigos alunos da instituição que estes “representam a melhor prova das capacidades da UBI”. O desempenho destas no mundo laboral e no desenvolvimento da sociedade “é a melhor imagem de marca da instituição”.

2007/03/10

D. Manuel da Rocha Felício-Catequese Quaresmal

CATEQUESE QUARESMAL
D. Manuel da Rocha Felício
(Bispo da Guarda)
Dia 14 de Março 2007 (Quarta-feira) -
21:30h – Anfiteatro 1 (Parada) - UBI

Tema:

A fé cristã
faz-se cultura
para dialogar com as culturas

Confissões e Via Sacra 2007

Confissões
Quarta-feira, 21 - Março 2007
21:30h - Capela dos
Serviços Sociais UBI Covilhã

Via Sacra
Quinta-feira, 29 de Março 2007 21:00 Horas

1ª Estação: Capela Românica
de S. Martinho – UBI
Estações seguintes:
Igreja S. TIAGO

2007/02/25

Mensagem de Bento XVI para a Quaresma de 2007


O texto, datado de 21 de Novembro de 2006, tem por título um versículo do Evangelho de S. João: «Hão-de olhar para Aquele que trespassaram» (Jo 19, 37)

2007/02/20
Queridos irmãos e irmãs!

«Hão-de olhar para Aquele que trespassaram» (Jo 19, 37). Este é o tema bíblico que guia este ano a nossa reflexão quaresmal. A Quaresma é tempo propício para aprender a deter-se com Maria e João, o discípulo predilecto, ao lado d’Aquele que, na Cruz, cumpre pela humanidade inteira o sacrifício da sua vida (cf. Jo 19, 25). Portanto, dirijamos o nosso olhar com participação mais viva, neste tempo de penitência e de oração, para Cristo crucificado que, morrendo no Calvário, nos revelou plenamente o amor de Deus. Detive-me sobre o tema do amor na Encíclica Deus caritas est, pondo em realce as suas duas formas fundamentais: o agape e o eros.

O amor de Deus: agape e eros

A palavra agape, muitas vezes presente no Novo Testamento, indica o amor oblativo de quem procura exclusivamente o bem do próximo; a palavra eros denota, ao contrário, o amor de quem deseja possuir o que lhe falta e anseia pela união com o amado. O amor com o qual Deus nos circunda é sem dúvida agape. De facto, pode o homem dar a Deus algo de bom que Ele já não possua? Tudo o que a criatura humana é e possui é dom divino: é portanto a criatura que tem necessidade de Deus em tudo. Mas o amor de Deus é também eros. No Antigo Testamento o Criador do universo mostra para com o povo que escolheu uma predilecção que transcende qualquer motivação humana. O profeta Oseias expressa esta paixão divina com imagens audazes, como a do amor de um homem por uma mulher adúltera (cf. 3, 1-3); Ezequiel, por seu lado, falando do relacionamento de Deus com o povo de Israel, não receia utilizar uma linguagem fervorosa e apaixonada (cf. 16, 1-22). Estes textos bíblicos indicam que o eros faz parte do próprio coração de Deus: o Omnipotente aguarda o «sim» das suas criaturas como um jovem esposo o da sua esposa. Infelizmente desde as suas origens a humanidade, seduzida pelas mentiras do Maligno, fechou-se ao amor de Deus, na ilusão de uma impossível auto-suficiência (cf. Gn 3, 1-7). Fechando-se em si mesmo, Adão afastou-se daquela fonte de vida que é o próprio Deus, e tornou-se o primeiro daqueles «que, pelo temor da morte, estavam toda a vida sujeitos à escravidão» (Hb 2, 15). Deus, contudo, não se deu por vencido, aliás o «não» do homem foi como que o estímulo decisivo que o levou a manifestar o seu amor em toda a sua força redentora.

Bento XVI na Via Sacra de 2006
A Cruz revela a plenitude do amor de Deus

É no mistério da Cruz que se revela plenamente o poder incontível da misericórdia do Pai celeste. Para reconquistar o amor da sua criatura, Ele aceitou pagar um preço elevadíssimo: o sangue do seu Filho Unigénito. A morte, que para o primeiro Adão era sinal extremo de solidão e de incapacidade, transformou-se assim no acto supremo de amor e de liberdade do novo Adão. Pode-se então afirmar, com São Máximo, o Confessor, que Cristo «morreu, se assim se pode dizer, divinamente, porque morreu livremente» (Ambigua, 91, 1956). Na Cruz manifesta-se o eros de Deus por nós. Eros é de facto – como se expressa o Pseudo Dionísio – aquela «força que não permite que o amante permaneça em si mesmo, mas o estimula a unir-se ao amado» (De divinis nominibus, IV, 13: PG 3, 712). Qual «eros mais insensato» (N. Cabasilas, Vita in Cristo, 648) do que aquele que levou o Filho de Deus a unir-se a nós até ao ponto de sofrer como próprias as consequências dos nossos delitos?

«Aquele que trespassaram»
Momento da Semana Santa de Valladolid. Imagem de Gregorio Fernández

Queridos irmãos e irmãs, olhemos para Cristo trespassado na Cruz! É Ele a revelação mais perturbadora do amor de Deus, um amor em que eros e agape, longe de se contraporem, se iluminam reciprocamente. Na Cruz é o próprio Deus que mendiga o amor da sua criatura: Ele tem sede do amor de cada um de nós. O apóstolo Tomé reconheceu Jesus como «Senhor e Deus» quando colocou o dedo na ferida do seu lado. Não surpreende que, entre os santos, muitos tenham encontrado no Coração de Jesus a expressão mais comovedora deste mistério de amor. Poder-se-ia até dizer que a revelação do eros de Deus ao homem é, na realidade, a expressão suprema do seu agape. Na verdade, só o amor no qual se unem o dom gratuito de si e o desejo apaixonado de reciprocidade infunde um enlevo que torna leves os sacrifícios mais pesados. Jesus disse: «E Eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a Mim» (Jo 12, 32). A resposta que o Senhor deseja ardentemente de nós é antes de tudo que acolhamos o seu amor e nos deixemos atrair por Ele. Mas aceitar o seu amor não é suficiente. É preciso corresponder a este amor e comprometer-se depois a transmiti-lo aos outros: Cristo «atrai-me para si» para se unir comigo, para que eu aprenda a amar os irmãos com o seu mesmo amor.

Sangue e água

«Hão-de olhar para Aquele que trespassaram». Olhemos com confiança para o lado trespassado de Jesus, do qual brotam «sangue e água» (Jo 19, 34)! Os Padres da Igreja consideraram estes elementos como símbolos dos sacramentos do Baptismo e da Eucaristia. Com a água do Baptismo, graças à acção do Espírito Santo, abre-se para nós a intimidade do amor trinitário. No caminho quaresmal, recordando o nosso Baptismo, somos exortados a sair de nós próprios e a abrir-nos, num abandono confiante, ao abraço misericordioso do Pai (cf. São João Crisóstomo, Catechesi, 3, 14 ss.). O sangue, símbolo do amor do Bom Pastor, flui em nós especialmente no mistério eucarístico: «A Eucaristia atrai-nos para o acto oblativo de Jesus... somos envolvidos na dinâmica da sua doação» (Enc. Deus caritas est, 13). Vivamos então a Quaresma como um tempo «eucarístico», no qual, acolhendo o amor de Jesus, aprendemos a difundi-lo à nossa volta com todos os gestos e palavras. Contemplar «Aquele que trespassaram» estimular-nos-á desta forma a abrir o coração aos outros reconhecendo as feridas provocadas à dignidade do ser humano; impulsionar-nos-á, sobretudo, a combater qualquer forma de desprezo da vida e de exploração da pessoa e a aliviar os dramas da solidão e do abandono de tantas pessoas. A Quaresma seja para cada cristão uma experiência renovada do amor de Deus que nos foi dado em Cristo, amor que todos os dias devemos, por nossa vez, «dar novamente» ao próximo, sobretudo a quem mais sofre e é necessitado. Só assim poderemos participar plenamente da alegria da Páscoa. Maria, a Mãe do Belo Amor, nos guie neste itinerário quaresmal, caminho de conversão autêntica ao amor de Cristo. Desejo a vós, queridos irmãos e irmãs, um caminho quaresmal proveitoso, enquanto com afecto envio a todos uma especial Bênção Apostólica.


Vaticano, 21 de Novembro de 2006.


BENEDICTUS PP. XVI

2007/01/17

Festa dos Reis

in http://www.urbi.ubi.pt/, por Diana Bento


O Centro Cultural e Social da Covilhã e a PASTUBI
organizaram a Festa dos Reis, uma celebração que tem já dez anos de existência.


Como o Natal é mesmo quando alguns Homens querem, só no passado dia 8, segunda-feira, se realizou a Festa dos Reis no Centro Cultural e Social da Covilhã. A noite, organizada pela PASTUBI (Pastoral Universitária da Beira Interior), teve o seu ponto alto na missa presidida por D. Manuel da Rocha Felício, Bispo da Guarda, após a qual foi servida a ceia dos Reis que antecedeu o convívio.A cerimónia, acompanhada pelo Coro da Universidade, contou também com pequenas demonstrações de leigos que recriaram a vida, a luz e o joio.

Antes da ceia foram lidos alguns textos relacionados com o Dia dos Reis que realçam de forma muito familiar e muito unida e especial aquilo que, de facto, é importante nestes e em todos os dias.

Esta celebração–convívio, que vai já na sua décima edição, contou com a presença dos estudantes que vivem no Centro Cultural e Social da Covilhã, dos funcionários desta instituição e de todos os que, de alguma forma, estão ligados às actividades promovidas pela capelania da UBI.

Na sua intervenção, D. Manuel caracterizou esta festa como “uma celebração de tradição da nossa cidade e sobretudo da nossa Universidade”. D. Manuel disse ainda que “ a inclusão só resulta quando abrange todos” e que esta Festa dos Reis é uma “prestação de serviços à verdadeira inclusão”.

Luís Carlos Carrilho, vice-reitor da UBI, salientou que o papel da UBI é “espalhar aquilo que ela sabe e aquilo que ela sabe de melhor” estando “sempre pronta a educar quando as pessoas querem sempre ir mais para a frente”.Para surpresa quase geral, o Grupo de Cantares do Oriental de S.Martinho apareceu no fim do jantar e cantou as Janeiras, seguidas de uma última e calorosa actuação do Coro Universitário.

Foi “uma noite de família e universalidade” sentida por todos, concluiu o padre Luciano Costa, capelão da UBI.